Com o objetivo de alertar e conscientizar sobre violência doméstica, teve início nesta terça-feira (6), o projeto “Maria da Penha vai à escola”, em Gravataí.
Criado a partir de um projeto de lei da vereadora Anna Beatriz, o programa é realizado pela prefeitura, por meio de diversas secretarias, o projeto está em fase piloto, percorrendo escolas do município.
O projeto prevê a criação de uma rede de apoio para jovens, alunos do 6º ao 9º ano do ensino municipal, que enalteça a importância das denúncias para casos de violência contra a mulher, a transmissão de noções básicas da Lei Maria da Penha e a quebra de ciclos de violência oriundos da família e círculo social.
“É muito positivo ver, na prática, a lei sair do papel e, nas salas de aula, mostrar o quanto é importante que essa temática esteja presente no aprendizado escolar e comunitário. É um projeto pensado como forma de fortalecer elos na nossa rede de proteção e quebrar ciclos de violência contra a mulher e familiar nas casas e nas comunidades desses jovens”, explicou Anna.
A parlamentar acrescenta que a construção de uma nova cultura sem violência deve ser constante. “Hoje, Gravataí está há 16 meses sem feminicídio, mas este nunca vai ser um resultado final. É sempre construção, que se faz coletivamente, como foi feito na elaboração deste projeto, com rede de proteção fortalecida em todas as frentes, da prevenção, passando pelo acolhimento e a garantia de direitos às mulheres vítimas”.
Cada etapa e atividade do projeto é executada por uma das secretarias envolvidas. Através da Smed, o projeto é levado para as escolas e difundido para alunos através de palestras, rodas de conversa e apresentações artísticas. Nesta terça-feira, 06, foi o dia da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Antônio Aires de Almeida receber as atividades do ‘Maria da Penha vai à escola’.
Os alunos presentes assistiram a peça teatral ‘Nem um minuto de silêncio! Uma história sobre violência doméstica’, organizada pelo professor Germano Braun da Emef São Marcos, conversaram e refletiram com a psicóloga da SMDH, Vitória Campos, representantes de outras secretarias e com a vereadora Anna Beatriz.
“É muitíssimo importante levarmos este tema para o ambiente escolar e desmistificar a normalização da violência dentro dos lares e contra a mulher. Com esse projeto e todas as secretarias envolvidas podemos criar uma linha de construção para que os jovens tenham consciência das leis e não ocorram mais casos de abusos e violência contra a mulher de qualquer faixa etária”, explicou Aurelise Braun, secretária da Smed.
Para a secretária da Mulher e Direitos Humanos, Analu Sônego, o programa é uma forma de manter Gravataí como uma das cidades mais seguras para as mulheres. “Nossos números de feminicídio zeraram e dessa forma poderemos reduzir ainda mais os números de violência contra a mulher criando um ambiente acolhedor nas escolas e mantendo a nossa cidade como um local seguro e com recursos para vítimas de violência”.
De acordo com as secretarias que realizam a ação, o projeto deve percorrer mais dezenas de escolas do município nos próximos meses. Durante esta semana, as atividades serão realizadas nas Emef’s Augusto Longoni e Murialdo nos dias 07 e 09 de maio, respectivamente. PMG.