Foi identificada como Brasília Costa, de 65 anos, a mulher cuja parte do corpo foi deixado dentro de uma mala no guarda-volumes da rodoviária de Porto Alegre.
Natural de Arroio Grande, no sul do Estado, a vítima morava na zona norte da capital, próxima ao suspeito, o publicitário Ricardo Jardim, de 66 anos, que residia em uma pousada no bairro São Geraldo.
Ricardo é apontado como autor do crime e foi preso nesta sexta-feira em operação da Polícia Civil, conforme noticiamos aqui. O casal mantinha relacionamento há aproximadamente seis meses.
Na manhã de sábado (6), uma perna foi encontrada boiando no Guaíba, no bairro Ipanema, e no domingo (7), outras partes humanas foram localizadas na orla, no Pontal.
A polícia ainda não encontrou o crânio da vítima, e a suspeita é de que Ricardo tenha tentado dispersá-lo em outro ponto da cidade.
Segundo a investigação, após a morte de Brasília, ocorrida em 9 de agosto, Ricardo Jardim teria usado o celular da vítima para enviar mensagens a familiares e sacado dinheiro de seus cartões.
A polícia aponta que o crime pode ter motivação financeira. Ele já havia sido condenado em 2018 a 28 anos por matar e concretar a própria mãe, estava foragido desde abril do ano passado e era sustentado pela vítima. Ricardo alegou que Brasília teria morrido de mal súbito e, por medo de ser incriminado, decidiu esquartejá-la.
Também foi revelado que o suspeito utilizava perfis falsos nas redes sociais com auxílio de inteligência artificial para atrair mulheres, e outras investigações tentam descobrir se ele teve outras vítimas.