A Polícia Civil, por meio da 1ª delegacia de Repressão a Roubos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais, deflagrou na madrugada desta sexta-feira (17), a Operação Chapatral, que investiga a prática de crime de extorsão mediante sequestro, ocorrido no ano passado em Porto Alegre.
Na ação, um efetivo de mais de 110 de policiais cumpre 22 mandados de busca e apreensão, 5 ordens de prisão preventiva, além de bloqueios de valores em contas bancárias no montante de R$ 200 mil, e cautelares diversas da prisão, nas cidades de Porto Alegre, Esteio, Alvorada, Gravataí, bem como Campo Largo, no Paraná.
A operação conta com apoio da Susepe/RS, para o cumprimento de buscas em estabelecimento prisional em Sapucaia do Sul, bem como o apoio do Centro de Operações Policiais Especiais, da Polícia Civil paranaense e está relacionada à investigação criminal decorrente da prática de crime de extorsão mediante sequestro de dois irmãos ocorrida em outubro do ano passado, em Porto Alegre.
Conforme explica o Delegado João Paulo de Abreu, titular da 1ª DR/Deic, ao tomar conhecimento dos fatos, no final de outubro, a Polícia Civil passou a executar o protocolo operacional e investigativo para a solução de incidentes críticos desta natureza. Infelizmente, houve o pagamento de resgate, circunstância que, por outro lado, foi significativa, para identificação de uma das hipóteses de autoria, ratificada ao longo da investigação.
A investigação preliminar sobre os fatos relevou que 2 veículos participaram da ação criminosa, abordando as vítimas em via pública. A família passou então a ser extorquida, por meio de mensagens de WhatsApp, no valor de R$ 1.700.00,00.
Eles foram libertos no dia seguinte em um bairro de Porto Alegre, após o pagamento de resgate, de quantia não divulgada pela Polícia Civil, mas muito menor do que o valor inicialmente exigido. Descobriu-se, já naquela noite, que o cativeiro das vítimas foi um imóvel residencial, no Bairro Restinga, em Porto Alegre.
O assessoramento à família, vítima, iniciou pela Polícia Civil após o sequestro. Uma série de diligências foram realizadas com a finalidade de se buscar, a identificação do paradeiro das vítimas e a prisão dos sequestradores. De fato, a solução do caso, naquele momento, deu-se por meio do pagamento de resgate.
O desfecho positivo da investigação, visto na Operação desencadeada hoje, é devido ao amplo deferimento de medidas cautelares, pelo Juízo Criminal da 16ª Vara de Porto Alegre, alicerçado em pareceres do Ministério Público Gaúcho. Sem essas permissões, a investigação criminal jamais teria evoluído.
Verificou-se que, ao menos, 8 pessoas estão envolvidas no caso. Os 2 interlocutores responsáveis pela extorsão foram identificados, bem como foi possível identificar, ao menos, 3 outros homens, responsáveis pelo arrebatamento das vítimas.
Ainda, identificada uma mulher, advogada, que seria uma das responsáveis pela negociação do preço de resgate e também por coletar o valor pago a título de resgate. Outra mulher, proprietária do imóvel utilizado como cárcere das vítimas, no Bairro Restinga. E também um homem proprietário do veículo utilizado para arrebatamento das vítimas. Via: PCRS.